Coluna da Mônica



Outro dia, eu estava tomando um cafezinho, quando ouvi uma colega dizer: "educação é um dever de todos". Achei engraçada a veemência com que ela falou, mas quando fui “concluir” o cafezinho com um cigarro, me detive num momento de reflexão. Mais engraçado ainda, para não dizer triste, é que se tem falado muito em educação, mas no Brasil essa frase só teria sentindo se a educação fosse igual para todos. Acho que a frase correta seria: educação é um dever de todos, mas no Brasil é para poucos, sobretudo, alguma educação com qualidade.

A frase de Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” foi, é e sempre será atual. E verdadeira. Justo por isso, nossos políticos e governantes não têm interesse de que essa “arma” seja colocada nas mãos do povo. Conseguem imaginar “as baixas”???

 A educação abre caminhos, forma cidadãos com idéias e opiniões. Esse tipo de cidadão não é interessante num país como o nosso. Não com os governantes e políticos de sempre.
Educação “é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola lhe ensinou” (Albert Einstein). Na verdade, a educação é um processo social, em constante desenvolvimento.   

Desenvolvimento este, que permite às pessoas terem uma consciência sobre quem elas são, o que querem e como serão.

A educação proporciona às pessoas sonhos melhores, vida e “viagens” através do conhecimento, discernimento entre o bem e o mal, a ética e a cidadania, a percepção do individual e do coletivo, a educação imprime consciência e responsabilidade. E cobra. E políticos e governantes não gostam de cobrança ou não “estão nem aí” para os interesses do povo.

Educação pode não preparar as pessoas para tudo na vida, mas põe vidas em movimento.





Meninas e Meninos,

Ontem, quando falei para o Gleison, que se dependesse de mim, ninguém da turma 61 iria desistir, eu falei com meu coração aberto, pois no meu aprendizado ao longo dos anos percebi que tem duas coisas que, quanto mais você divide, mais você tem: amor e conhecimento (alguns, com certeza, só querem se aproveitar, mas esses são os que mais perdem, pois perdem a oportunidade de desenvolver uma grande amizade e de adquirir conhecimentos que o levarão longe).

Quando resolvi voltar para o "banco da faculdade", muitos me perguntaram "por que?", pois eu já tinha meu diploma de ciências sociais, estava "confortável" na minha posição de gerente (que dentro da empresa em que trabalho é o cargo mais próximo de uma diretoria) e blá, blá, blá... Disseram também que eu iria me deparar com pessoas jovens, com um ritmo totalmente diferente do meu, com a cabeça "fresca" para o aprendizado e outras coisas mais e eu, que já estou bem entrada nos anos (às porta dos 53 anos) justo por isso, iria enfrentar muitas dificuldades no aprendizado.

Toda as coisas que eu ouvi, provocaram um grande medo, mas nunca me passou pela cabeça desistir, ao contrário. Tenho uma característica perigosa: quanto mais uma coisa me apavora, mais vontade de "ir pra cima" eu tenho (talvez por isso, meu pai costumava dizer que se eu tivesse nascido homem ou eu morreria cedo ou seria presa, pois tenho uma necessidade visceral de "brigar" com o medo).

Na primeira semana de aula, quando comecei a conhecer todos vocês, me perguntei se eu estava no "lugar certo e na hora certa", pois a "luta" para acompanhar vocês seria titânica, mas toda noite, antes de dormir, eu dizia para mim mesma: Mônica Maria essa é a hora e o lugar, você só tem que se disciplinar, que o resto virá por acréscimo.

E assim tenho feito: disciplina e sacrifício. E a medida que o tempo está passando, mais e mais tenho a certeza que essa nova "família" que eu encontrei e que passou a fazer parte da minha vida, é uma "família" perfeita. E que a "viagem" que iniciamos não será fácil, pois implica em muitos sacrifícios dos mais variados, mas poderemos torná-la prazerosa, basta que nos mantenhamos unidos, dividindo nossos conhecimentos e com o foco na relevância.

Os motivos (obter o diploma, ampliar conhecimentos, teorizar a experiência, etc.) que nos levaram para a turma 61 não interessam, só interessa o grau de importância e motivação deles em nos manter dentro do "vagão" curtindo a "viagem".

Já percebemos que teremos bons e maus professores e que nem sempre eles facilitarão a nossa vida, mas temos que nos lembrar o quanto somos bons: nós temos motivos, força, coragem e disciplina para concluirmos essa viagem. E no final das contas, não é professor que faz o aluno, somos nós, os alunos, que nos fazemos. Cada um no seu próprio ritmo...

Tudo que sei coloco à disposição de todos e, o que não sei, iremos juntos conhecer e aprender.

Saibam que todos vocês instigam o que há de melhor em mim e são vocês que estão me dando força e coragem para eu me superar e às minhas inúmeras dificuldades. Fazer parte da turma 61 é "o bicho".... (é assim que se diz???)

Hoje, olho para todos vocês (inclusive o Flávio, meu companheiro de Arca de Nóe - kkkkkkkkk) e os sinto também um pouco meus filhos (embora meu filho Tiago já tenha 32 anos), então eu reforço: ESSA VIAGEM É NOSSA E NINGUÉM VAI DESEMBARCAR ANTES DE CONCLUIRMOS ESSE TRECHO!!! Vamos "deletar" do nosso vocabulário e da nossa mente a palavra DESISTIR, pois ela não existe para heróis e heroinas e é o que somos.

Turma 61: Juntos somos maiores que a soma individual de cada um e isso se chama SINERGIA!!! NOSSO "VAGÃO" SE CHAMA S-I-N-E-R-G-I-A!!!!

Tenham um bom domingo e uma excelente semana.


Beijo a todos no coração,







Virar a página...
Virar a página não é fácil. Mais que motivação, precisa-se de coragem. Virar a página é deixar pra trás tudo que foi vivido, aprendido, acostumado. É ter que sair da “zona de conforto” e muitas vezes, preferimos o inferno conhecido ao paraíso desconhecido.

Quando “conjugamos” personalidade e tempo, mais difícil é virar a página. Virar a página é uma atitude. Virar a página é começar de novo e, começar de novo é assustador, pois precisamos aprender tudo novo, fazer tudo novo, sentir tudo novo, viver tudo novo.

Por comodismo e medo permitimos que uma vida morna ou existente apenas na nossa imaginação (muito embora possamos enxergá-la como real) siga adiante e ainda dizemos que é uma vida perfeita. Prosseguimos acompanhados, mas completamente sós. Acreditamos ser dois, quando apenas dividimos áreas comuns.

Elegemos ilusões e objetivos que fortaleçam nosso medo e comodismo. Elegemos o silêncio (que pesa mais que mil palavras, mas já estamos acostumados a carregá-lo) e chamamos de civilidade. Fazemos um pacto com a mentira e chamamos de respeito. E assim, não precisamos virar a página. E assim caminha a humanidade...

Virar a página qualquer um pode, mas é um ato de coragem para poucos.
 Mônica Campêlo

8 comentários:

  1. Campelo, vc sempre nos trazendo de volta a realidade e reflexões, bj

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  2. É um execelente texto. Estou no mesmo barco que você, vivi um casamento amargo sem vida, não sei até que foi o seu, mas hoje consegui superar. DEUS LHE ABENÇÕE.

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  3. Muito bom Monica. Convivo com amigas que nao conseguem virar a pagina justamente porque virar a pagina requer coragem.

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  4. Realmente virar a página é uma coisa bem complicada em todos os setores da vida,seja ela na vida amorosa como no trabalho,tem que realmente ter coragem e perseverança.

    Suely Alfa.

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  5. Essa Mônica é um pessoa,abençoada por Deus, continue sempre com essa energia radiante,
    Abraço.

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  6. Virar a página, não é fácil, você precisa de atitude, porque o começar de nova é complicado, mas a pessoas tem sair da zona de conforto e procurar algo novo,

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  7. Estou orgolhoso de ter participado desse trem. Abraço a todos da Turma 61.

    Wesley Landim

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